Só existe um Deus, o único e verdadeiro, e Jesus Cristo, a quem Ele enviou (João 17:3). Jesus Cristo é o único mediador entre Deus e os homens (1 Timóteo 2:5), Aquele que é fiel em todas as suas promessas (Hebreus 10:23).
Sem a intenção de ofender a religião de ninguém, até porque não é este o nosso propósito, é preciso reconhecer o que tem acontecido com a humanidade: a busca por Deus em caminhos que não levam a Ele. Muitos creem que estão buscando a Deus, mas, na verdade, seguem um deus falso.
Enquanto a pomba simboliza o Espírito Santo da verdade, o pombo representa o espírito falso. Devemos estar atentos para não cairmos no engano. Há muita falsidade disfarçando-se de verdade e, se a poderosa Palavra de Deus não for a nossa base, se não permitirmos que ela crie raízes em nós, estaremos fadados a cair em doutrinas de demônios (1 Timóteo 4:1).
Infelizmente, até mesmo dentro dos templos, testemunhamos uma adoração disfarçada, que se desvia da verdade. Vemos homens que não fazem as obras de Deus, mas as suas próprias, visando seus interesses pessoais. Enquanto isso, o Reino do Eterno é ridicularizado.
É hora de despertarmos do sono! Jesus vem! Ele é fiel e verdadeiro (Apocalipse 19:11). Se tudo o que a Palavra de Deus anunciou que aconteceria, e de fato se cumpriu, então, redobremos a vigilância, porque, como está escrito: "Aquele que há de vir virá e não tardará" (Hebreus 10:37).
Ele virá! Jesus virá! Não deixe que o seu azeite acabe (Mateus 25:1-13). Busquemos o Senhor enquanto podemos achá-Lo, porque o fim se aproxima! (Isaías 55:6).
Discernimento prático e preparação teológica
Mas como, na prática, podemos nos manter vigilantes? Como distinguimos o verdadeiro do falso em um mundo saturado de informações e opiniões? A resposta não está em uma fórmula secreta, mas em um relacionamento consciente e intencional com Deus, alicerçado em três pilares fundamentais: a Palavra, a Oração e a Comunhão.
1. O fundamento inabalável da palavra de Deus
A principal ferramenta de discernimento que o Criador nos concedeu são as Sagradas Escrituras. O apóstolo Paulo instruiu seu discípulo Timóteo a procurar apresentar-se a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar e que maneja bem a palavra da verdade (2 Timóteo 2:15). "Manejar bem" implica mais do que uma leitura superficial; exige estudo diligente, meditação e, acima de tudo, submissão ao que está escrito.
Teologicamente, a Bíblia é a nossa única regra de fé e prática (2 Timóteo 3:16-17). Qualquer profecia, ensinamento ou experiência deve ser submetido ao seu crivo. Uma doutrina que promove algo que as Escrituras condenam, ou que contradiz a natureza de Deus revelada em Cristo, é, por definição, falsa. Devemos nos perguntar constantemente: "Este ensinamento exalta a Cristo? Ele está em harmonia com o todo das Escrituras? Ele produz santidade e amor a Deus e ao próximo?".
2. A sensibilidade gerada pela oração
Se a Palavra é o nosso mapa, a oração, guiada pelo Espírito Santo, é a nossa bússola. Jesus, nosso exemplo máximo, passava noites em oração antes de tomar decisões cruciais (Lucas 6:12). A oração constante nos torna sensíveis à voz do Espírito Santo, que nos guia a toda a verdade (João 16:13).
É no lugar secreto da oração que o nosso orgulho é quebrado e nossa dependência de Deus é fortalecida. Um falso mestre pode citar a Bíblia, mas a unção do Espírito Santo, que recebemos e cultivamos através da oração, nos dá um discernimento interior que soa um alarme contra o engano (1 João 2:20; 1 João 2:27). Uma vida de estudo bíblico sem oração pode gerar arrogância intelectual; uma vida de experiências emocionais sem o alicerce da Palavra pode levar ao engano. A combinação de ambas é uma fortaleza.
3. A prova do fruto e da comunhão
Por fim, Jesus nos deu um teste prático e infalível: "Pelos seus frutos os conhecereis" (Mateus 7:16). Não se trata de observar a eloquência, os milagres aparentes ou o carisma de uma pessoa, mas o fruto do Espírito em sua vida e ministério. Um ensinamento verdadeiro, vindo de Deus, produzirá, em quem o segue, amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão e domínio próprio (Gálatas 5:22-23).
Em contraste, as doutrinas falsas, mesmo que disfarçadas de piedade, inevitavelmente geram divisão, arrogância, ganância, imoralidade e um foco no homem em vez de em Deus. Por isso, é vital estarmos integrados a uma comunidade cristã saudável, onde a Palavra é pregada fielmente e onde há responsabilidade mútua. A comunhão dos santos nos protege do isolamento, que é um terreno fértil para o engano.
Manter o "azeite na lâmpada", portanto, é uma vida diária de imersão na Palavra, comunhão íntima com Deus através da oração e o cultivo do fruto do Espírito em uma comunidade de fé. A vinda de Cristo não é uma ameaça para o crente vigilante, mas a bendita esperança que motiva uma vida de santidade, verdade e amor.